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Foto do escritorTeresa Gomes

Como (não) julgar o vinho pelo rótulo - Parte 1

O consumidor de vinhos é muito variado, contudo no que toca às razões que o levam a comprar aquele vinho em particular não muda muito.


Aviso: nós compramos pela emoção e justificamos pela razão.

Logo aqui vou abordar algumas “razões” que damos a nós mesmos por escolher na prateleira do supermercado, ou da loja de vinhos, um vinho em vez de outro.


Quais as razões que você dá a si mesmo? Antes de continuar a ler, escreva cinco razões…


Dois estudos lançados em Setembro de 2020 falam dos hábitos de compra, um no Reino Unido (Wine Intelligence) e outro nos Estados Unidos da America (The American Association of Wine Economists). Os resultados são semelhantes e podemos agrupar em três grandes áreas – qualidade, confiança e preço.


Neste artigo em duas partes, hoje vamos nos debruçar sobre - qualidade.


Em 1997 quando comecei a trabalhar neste sector e nos anos que se seguiram, qualidade era sinónimo de preço, quanto mais caro, melhor era o vinho.

Na altura trabalhava numa loja especializada em vinhos do Porto e era ver quem comprava os Vintages mais caros. Os clientes saiam da loja todos satisfeitos com a sensação de terem comprado “o melhor vinho” da vida deles.


Hoje felizmente, a maioria dos consumidores tem uma melhor percepção de qualidade – o sabor do vinho. E sabe que cada vez mais, bons vinhos se fazem em grandes quantidades e tendencialmente a um preço por garrafa mais acessível.


Como você pode avaliar a qualidade de um vinho?

Enquanto consumidor apenas pode dizer se gosta ou não, logo se é “bom” para si, para o seu palato terá qualidade.


Agora o mais importante, como você consegue apurar essa capacidade?

Não será certamente bebendo sempre o mesmo vinho. Imagine-se a conduzir o mesmo modelo de carro toda a sua vida, ou a ir de férias sempre para o mesmo destino no estrangeiro.

De algo extraordinário nas primeiras vezes passado pouco tempo passaria a rotina e o prazer diminuído, tornar-se-ia banal.


A importância de frequentar um Curso de Vinhos passa por adquirir estas ferramentas de avaliação, saber provar e o que procurar no vinho para lhe atribuir qualidade. Porém no final, sem experimentação contínua, não haverá resultados.


Procure por novos vinhos, desenvolva o seu perfil “gosto” “não gosto”. Faça-o por regiões, castas ou até colheitas (ano). Ao construir esta sua base de dados preferencial vai começar a escolher com mais confiança e no final vai ver que até não está a gastar mais em cada garrafa de vinho.


Em Fevereiro de 2021 publicarei a segunda parte - comprar pela confiança e preço.


Gostou deste artigo? Comente em baixo e partilhe agora, com quem também aprecia bons vinhos.




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